domingo, junho 24, 2007

Canções De Amor - A Lista: Parte I

"Existem provas de amor, e não existe o amor (...)" Titãs

A categoria deste post recebeu o nome de Inuticessárias (inutilidades necessárias), porque considero muitas das minhas divagações inúteis, mas vai saber se não são necessárias para alguém. Há tempos tenho uma lista mental de músicas de amor que devem ser respeitadas, e pra mim, deveriam até ser premiadas. Não é tão fácil quanto pensam fazer uma canção de amor de sucesso. A lista é longa, então, será dividida em inúmeras partes, até que eu canse, provavelmente.

Forever - Kiss
E quem pensa que Bruno e Marrone, Edson e Hudson são os reis das declarações de amor, está enganado. Muitos ganham disparado, inclusive os meninos pintados do Kiss. Só precisam confirmar se nesta época eles estavam mesmo mascarados ou não (?):
"(...)I see my future when I look in your eyes
It took your love to make my heart come alive
Cause I lived my life believing all love is blind
But everything about you is telling me this time it's
Forever, this time I know
And there's no doubt in my mind
Forever, until my life is through
Girl, I'll be loving you forever(...)"

Aonde Quer Que Eu Vá - Paralamas do Sucesso
Difícil escolher apenas uma música de amor do trio Hebert, Bi e Baroni. Mas escolho essa por ter se tornado uma declaração antecipada à esposa que viria a falecer, poucos anos após a composição e lançamento da canção:
"(...)Longe daqui
Longe de tudo
Os sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar (...)"

How Am I Supposed To Live Without You - Michael Bolton
Essa sim, ganha de qualquer música sertaneja. E o troféu de música mais triste deveria ir pra ela, direto.
"(...) Tell me how am I suppose to live without you
Now that I've been lovin' you so long
How am I suppose to live without you
How am I suppose to carry on (...)"

...

Para o próximo post de listas: Bon Jovi, Extreme, Def Lepard e mais alguém.

*** Lar é onde o meu coração está! ***

Pensamentos Devem Permanecer Na Cabeça

"(...)Euforia, vertigens
Estados alterados da mente
Devaneios, delírios, desvarios
Estados alterados da mente (...)" Titãs

Quando Marta Suplicy disse a tal infeliz frase "relaxa e goza" com relação à situação dos aeroportos brasileiros, esta criou uma grande polêmica gerando discussões infinitas. Até o Pasquale escreveu um artigo na Folha de São Paulo, aproveitando o gancho da frase mal colocada. Eu pensei outra coisa, durante esse "bafafá" todo. Acabei de entender o porque pensamos antes de falar. Entendi porque existem pensamentos.
Veja bem... se fizéssemos como a Marta Suplicy (que definitivamente, não pensou na repercussão que sua frase teria) falaríamos tudo o que quiséssemos, sem pensar. Seria assim: a medida em que algo surgisse em nossa mente, esta já seria jogada pra fora através de nossa fala, escrita ou outra forma de comunicação. O mundo se transformaria num caos generalizado, onde todos falariam qualquer coisa, sem medir as consequências.
É por isso que às vezes eu digo algo, e ao me ouvir dizendo aquilo, me arrependo. É porque aquilo deveria ter ficado na minha cabeça. Foi só um pensamento, um cuco... Entretando, isto que eu estou escrevendo, poderia ser só um pensamento e talvez, devesse também ter ficado na minha cabeça. Mas divagações vão além dos simples pensamentos, por isso, podem ser escritas e faladas aos quatro ventos.

Divagando ao som de: Painkiller - Judas Priest

*** Lar é onde o meu coração está! ***

Considerando Justa Toda Forma De Amor

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." O Pequeno Príncipe


O mês de junho está acabando, levando com ele todas as festas juninas, todas as simpatias e promessas piéguas e também todo aquele ar de romantismo, a áurea romântica comercial. Porque pra mim, o romantismo pode aparecer em qualquer fase do ano, no frio ou no calor. Mas é neste mês que tudo parece ficar mais a flor da pele, e pra quem está solteiro, os sentimentos mais negativos surgem juntos, mas isso é irrelevante neste momento.
...
Considero justa toda forma de amor, considero aceitável, considero magnífica, bonita. O amor é inspiração, é expiração, é fome, sede, é o ato de saciar ou se sentir saciado. O amor pela profissão, o amor de pai e mãe, o amor de infância, o amor adolescente, o amor jovial, e o amor na terceira idade. Minha mãe não concorda comigo. Pra ela, o amor quando fica doentio deixa de ser amor. Pra mim não. O amor doentio também é amor, amor demasiado, amor exagerado. Cazuza explica:
"(...)Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar(...)"
Este ano, existe um casal que pode representar bem este mês. Não direi seus nomes de verdade, respeitarei a privacidade destes que são um exemplo (ou não) de um relacionamento quase mágico, difícil de imaginar e acreditar. Mas eles podem muito bem serem chamados de Eduardo e Mônica, e quem conhece a música, de cara já consegue entender a nuance da situação.
...
Se conheceram por uma incrível coincidência (Deus, cupido e os anjos discordam), quando o tal cara sentou ao lado da tal garota na sala de aula, na faculdade. Ele não prestou tanta atenção, homens são, geralmente, insensíveis a"momentos". Ela, já o tinha visto na escadaria, e por um instante, acreditou em amor à primeira vista. Iniciaram uma amizade, e pouco a pouco foram se conhecendo, se interligando. Foram a shows juntos e outros eventos, e não demorou muito para que o primeiro beijo acontecesse. Começaram a namorar, conheceram as famílias um do outro; ela apaixonada, ele, difícil de ser compreendido. Ela o ensinou a demonstrar as emoções, ele aprendeu que amor é fruto do cotidiano, cresce a cada dia, é dedicação, é doação. Os dois, enfim, estavam na mesma linha, na mesma sintonia:
"(...)Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje(...)"
O noivado aconteceu, tudo como mandam os tais "bons costumes". A mão dela foi pedida ao pai, os pais dele foram comunicados. Eles já tinham amigos em comum, a comemoração foi geral. Depois de um tempo, o casamento aconteceu, como que num conto de fadas. Ele nunca foi um sapo, mas de certa forma, ela precisou salvá-lo. Salvá-lo talvez, de não mais se sentir apaixonado. Salvar o coração dele, fazê-lo ser o príncipe que ela já vira, desde o início. Ela diz amá-lo em todos os momentos; ele diz que aprendeu a relevar, e que o amor o transformou, levando-o a agir diferente, pensando em ambos, e não só nele:
"(...)Eu tomaria banho gelado no inverno
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher
Por você, por você(...)"
Casados há mais de 2 anos, eles ainda estão aprendendo a lidar com as manias e personalidade de cada um, e principalmente com as dificuldades do relacionamento mais maduro. São pra mim a prova de que o amor que o amor tão sonhado, mesmo pra quem finge não querê-lo, ainda pode existir. Por isso, escolho pra eles, e pra simbolizar esse mês dos namorados, uma canção que retrata um relacionamento estável, mas que cresce com a instabilidade da vida. Uma linda e simples canção de amor:
O Mundo Anda Tão Complicado
Legião Urbana

Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
Que a mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa é a chave que sempre esqueço
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um p'ro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor
...
Soltando bolhas de sabão ao som de: Preciso Dizer Que Te Amo - Cazuza
...
PS: A história quase perfeita do casal mais fofo que eu conheço pode conter algumas mudanças, afinal, eu contei uma história, e quem conta uma história sempre modifica um pouco a trajetória. Mas de fato, o casal existe, eu os amo de paixão e se lessem este texto, morreriam de vergonha devida exagerada descrição.
...
PS2: Prometo um post contrário a esse, mostrando o quanto o amor também faz sofrer. Mas não hoje, não neste mês. Porque eu ainda acredito no amor, e devo ser o "o último dos românticos" no núcleo humano, e mesmo considerando a tal data 12 de junho um enorme meio de ganhar dinheiro às custas de inocentes, quero desejar um feliz mês dos namorados pra todos.
...
*** Lar é onde o meu coração está! ***

quinta-feira, junho 21, 2007

O Retorno do Comedor de Morcegos

"I tried to entertain you
The best I can
I wished I started walking
Before I ran
But I still love the feeling
I get from you
I hope you'll never stop cause
It gets me through yeah (...)" Ozzy Osbourne

E o disco novo de um dos papais mais loucos do rock, o popular "comedor de cabeça de morcego", Ozzy Osbourne, já tem singles de estréia. O intitulado "Black Rain" tem como carro chefe a canção "I Don't Want To Stop", nome interessante para uma música de retorno já que o príncipe das trevas diz não querer mesmo parar de fazer rock'n'roll. O disco foi composto com inspirações políticas e também a luta de sua esposa Sharon contra o câncer. Este é o mais recente disco gravado em estúdio e com músicas inéditas depois de seis anos, e segundo Ozzy, o primeiro disco feito por ele totalmente sóbrio.




Ouvindo: Changes - Black Sabbath

PS: E a propósito, o post brega e meloso, inspirado no dia dos namorados ainda está por vir. Escreverei antes do fim do mês, se nada me impedir.

*** Lar é onde o meu coração está! ***

domingo, junho 10, 2007

Devaneios Sobre Trabalho Estável

"Se fosse fácil achar o caminho das pedras tantas pedras no caminho não seria ruim" (Engenheiros do Hawaii)

Alright, alright...
Sabe aquela frase, que alguém mais velho que você já deve ter dito, ou pelo menos alguém mais experiente: "para tudo existe uma primeira vez"? Acabei de crer, ela faz sentido.
Lembro-me de que, quando mais nova, escrevi um texto me referindo a trabalhos que eu jamais me prestaria ao papél. Trabalhos pré-estabelecidos, trabalhos monótonos, e principalmente, trabalhos onde eu não poderia exercer a minha imaginação, ficando presa a uma sala sem graça, em tom pastél, com pessoas acomodadas.
A minha visão radical e perspectivas de vida mudaram quando, vulgarmente dizendo, "a água bateu na bunda". Cedendo à pressão e ouvindo a voz da razão (ao menos uma vez) resolvi estudar e começar a prestar concursos públicos. Por inúmeras razões, como citei acima, resolvi agir ao contrário. Tudo o que achava que jamais faria, com relação a futuro e vida adulta, se prostaram diante de mim como estátuas ou fantasmas ironicamente visíveis. Na falta do que fazer, resolvi fazer algo. Ou melhor dizendo, na falta de explicação, resolvi mudar o leque de opções.




O primeiro concurso público



O mais interessante de testes, exames, provas e concursos, é que existe todo um ritual, toda uma preparação, e milhões de pessoas para darem conselhos; conselhos esses que independem de serem bons ou ruins. Para o concurso público não seria diferente, começando pelo ritual de inscrição.
Ao comparecer ao local de pagamento da inscrição, há um princípio de tensão ao olhar e perceber a quantidade de concorrentes e por assim dizer, a diversidade desses. São mulheres, homens, senhoras, adolescentes, adultos, desempregados, empregados, solteiros, viúvos... e eu poderia continuar por um longo tempo, listando esses indivíduos.
Passando a primeira etapa, a segunda é a não menos importante parte prática, ou melhor dizendo, a prestação de contas, quero dizer, prestação do concurso. Essa etapa é boa e ruim, triste e engraçada. Vai desde de conhecer o local da prava, conhecer a sala, analisar quem está na sala e receber o caderno de questões. Ai, posso ser questionada: mas por que motivo eu perderia meu tempo analisando tão fúteis situações? Pelo simples motivo de que não há nada a fazer enquanto o tempo dado entre a hora de sua chegada e a hora de começar a prova não passa. Para que você não fique mais tenso do que já provavelmente está, só lhe resta prestar atenção do que não deveria ser critério.
Por exemplo:



  • quantas pessoas estranhas tem o mesmo nome que eu;

  • quem será o primeiro descontrolado a pedir para ir ao banheiro;

  • e essa "po%$#" de prova que não começa logo;

  • eu cheguei cedo e cumpri o horário estipulado a toa.

Enquanto a sua mente viaja, o tempo passa e enfim, estando com o caderno de questões em mãos, é dado o início da prova. Essa é de fato a segunda etapa. A hora em que começamos a resolver as questões. Quer dizer, ler primeiro e perceber que tudo isso poderia ser respondido sem pensar muito, se não fosse um porém: quando os professores ensinavam português e matemática em sala, não era recomendável ficar contando piada, jogando truco ou dormindo. Então você se xinga e tenta resolver as questões. Claro, se você fez um cursinho para concurso, essa parte é pulada. Você já se xingou antes de pagar o primeiro mês de cursinho, porque se tivesse prestado atenção às aulas, não precisaria fazer o tal cursinho.


Após a queima de todos os neurônios anda existentes, a luta contra o xixi (se houver a coragem de persistir e não sair durante a prova) e a resolução das questões, a prova é entregue ao fiscal e desde já é iniciada a terceira etapa: a espera do gabarito. Saindo da sala já há o início das nóias e a percepção de alguns erros. Ao fim do dia, você já tem a plena certeza de ter errado tudo, até o que era certamente óbvio de ter acertado. A etapa três dura até o dia do lançamento do gabarito, que geralmente é divulgado de um a dois dias depois do dia da prova. Com o fim da etapa três, o alívio é inevitável, dando tudo errado ou não.


O mais interessante do concurso público é que deve ser uma das únicas ocasiões em que todos se encontram iguais. Tensos, levemente ou altamente inseguros e obviamente desesperados. Mas de fato, é uma experiência rara e de grande valia. Devo dizer que, independe de ter passado ou não, a cerveja tomada após a prova desceu ainda melhor, levando com elas, pelo menos por um tempo, todas neuroses deixados pelo tal concurso.


Fritando o cérebro ouvindo: Fábrica - Legião Urbana


Cenas do próximo capítulo...


E o próximo post será bem brega, cheio de clichês e confissões, porque o fato de eu estar proporcionalmente largada não impede que eu divague sobre o tal dia capitalista - o dia dos namorados- e me mostre como de fato sou, pelo metade ou inteira: romântica e incondicionalmente apaixonada. Uau... rss!


*** Lar é onde o meu coração está! ***