sábado, setembro 01, 2007

A Metade Emo Do Limão

"(...) A única saída
É tentar não entender (...)" Nx Zero

É a metade do limão, porque já me remete à caipirosca. Se bem que já tomei caipirinha até de mixirica, mas isso não vem ao caso. Ando tão sensível quanto uma mosca após ser esmagada por uma palma (é, porque ninguém sabe ao certo se a mosca morre na hora né?). Ou então uma minhoca, quando perde a cabeça e ainda sim fica se mexendo. Estou sensível e fora de órbita. Há quem diga que estou "pior" do que de costume. Eu prefiro dizer que estou "melhor", oras.

Falando nisto...

Não sei se evoluí ou regredi de vez, mas descobri que tenho um lado Emo gigantesco. Tudo começou quando ao tomar banho, resolvi ouvir o disco Neon Ballroom, do Silverchair. Há tempos não ouvia esse disco - diga-se de passagem, o disco mais ouvido por mim quando tinha 16 anos - e resolvi ressuscitá-lo. Logo percebi o por que da desistência em ouvi-lo. Daniel Johns estava inspirado quando compôs esse disco. Inspirado em suicidar-se, e "instigar" o suicídio de todos os seus fãs e/ou fãs desse disco. A melodia das canções é perfeita, daquele tipo que gruda no seu ouvido e não sai. Mas as letras, não são para todos.

Tem a ver...

Nem todo disco é feito pra todo mundo. Um disco de música sertaneja (tá bom, pop-romântico) é de fácil compreensão; você pode estar em qualquer estado de espírito e mesmo assim compreender o que diz ali. Outros discos não. É preciso que você tenha vivenciado aquilo, ou pelo menos, tenha tido uma proximidade enorme com a situação (por exemplo, alguém próximo que tenha vivido aquilo). É o caso do disco Neon Ballroom, que retrata instabilidade emocional, doenças alimentares (anorexia), dúvidas sobre o futuro (estávamos entrando na década 00 - 2000), revolta contra os maus-tratos aos animais e claro, os sentimentos sempre interligados, amor e ódio.

Mas eu dizia...

Que resolvi ouvir o CD Neon Ballroom, e percebi que já fui Emo. Quer dizer, tenho um "quê" de Emo dentro de mim ( e fora também). Pra falar a verdade, acho que todo mundo tem. Mas isso não vem ao caso. Ouvindo o CD, me remeti ao passado, em que só usava roupa preta e tinha uma "cara de cu" terrível. Eu sei, alguém dirá: mas isso não é ser Emo. Mas e o fato de eu ficar trancada dentro do quarto, chorando o "leite derramado" (ou que nem foi fervido ainda), gostar de músicas com um conteúdo duvidável, porém, "emotivo"? Ao meu ver, isso tem algo de Emo. Tudo bem, não é tudo. O Emo cresceu. Bebeu da fonte de outros estilos (na verdade, é só isso que este estilo sabe fazer: copiar outros) como os clubers (andar de mãos dadas e blusas com desenhos estranhos), o glam (o cabelo liso sobre os olhos e a maquiagem) e também o gótico (a roupa e o lápis preto); entre outras coisas. Mas o conceito - a emoção - 'ah', isso eu tinha de sobra. Só sabia chorar e não conseguir desabafar. Tinha dó de mim mesma e o mundo pra mim era ingrato e com nuvens cinzas. Uma graça. O passado me condena. Ainda bem que melhorei. Eu acho. Mas não parei de chorar.

Um minuto de silêncio...

Pra quem chora sem motivo, ou por motivo algum, o tempo todo.

Mundo de Bob...

E meus sonhos ganham disparados daquele desenho maravilhoso, "O Fantástico Mundo de Bob". Na verdade, minha cabeça compete o dia inteiro com a "pequena" cabeça do garotinho Bob. 'Anyway'... há alguns dias tive um sonho estranho, bom e comprometedor. Lá estava eu, me vendo me ver dentro de meu próprio sonho. Entendeu? Não? Fazer o que, né? Eu namorava um garoto e me pegava com ele em qualquer lugar; um casal muito apaixonado. Várias pessos famosas eram amigos meus. Pra falar a verdade, amigos dele. E em meu sonho, eu mesma perguntava: mas quem é este garoto, eu o conheço de algum lugar. Acordei fazendo a mesma pergunta que eu mesma em meu sonho. Dias passaram, e qual não foi a minha surpresa quando, ao assistir a MTV, vi o suposto namorado cantando. O misterioso era o vocalista do Fresno. Ou seja, mais Emo, impossível.

É difícil...

Inspirada naquele movimento "Cansei", quero lançar um movimento chamado "Caguei". Desculpem-me o palavreado xulo e de baixo calão. Porém, um dos melhores ditados já inventados foi o "Estou cagando e andando", ditado este perfeitamente utilizável para todas as pessoas e situações que fazem média com algo ou alguém. Ou seja, eu estou cagando e andando para quem faz média na televisão, na faculdade, na rua, no supermercado e 'whatever'.

Movimento "Caguei"...

Pra começar esse movimento, quero lembrar de alguém muito especial, que não fazia média com ninguém e um dia, atuou de forma a incentiver muito que vieram depois. Meu querido Jim Morrison, vocalista da banda The Doors, em um um de seus fabulosos e loucos shows, resolveu mostrar o seu bilauzinho para quem quisesse ver. Ele encarnava o 'Xamã', e não tinha vergonha de mostrar seu 'corpitcho'. Depois disso, volta e meia os pessoas resolviam não só mostrar seu "amiguinho", como tirar a roupa por inteiro; apoiados também pelo movimento hippie. Jim era Classe A, não fazia média com ninguém, e cagava e andava para a sociedade conservadora. Apoiado.

Emo E Meio Ao Som De: Polo - Fresno
"(...) Cantando, e mais do que isso gritando/ E às vezes até confessando que eu não sei amar;/ Sabendo, que eu não estaria sofrendo/ E ainda por cima escrevendo, ao invés de falar (...)"

*** Lar é onde o meu coração está! ***

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