terça-feira, dezembro 29, 2009

Luz e sentido e palavra...

Araçatuba metropolitana. Se o tempo não pára, como já diria Cazuza, a chuva não para, como assim diria eu mesma.
Com o som dela caindo, começo a refletir. O trabalho será feito em breve, mas primeiramente, preciso desanuvear minha mente.

Ela está mudando. Novidade? Sim. A mudança é diferente dessa vez.
Seria impossível impedir que uma mudança ocorra?
Está se transformando, talvez fosse esse o termo certo.
O amor em demaseio a está machucando, tornando-a pegajosa, carente, enjoável.
E ela se se tornando tudo o que jamais imaginou ser.
Usando palavras que jamais usou, cobrando de formas que nunca quis ou supôs cobrar.
O que teria acontecido? Influência? Castigo? Apenas mais uma de amor?
Ela não sabe. Só sabe que não quer ser assim. Não pode ser assim. Colocará tudo a perder.
Perderá o mais importante: sua personalidade e linha de pensamento inabalável.
Ela faz testes, perguntas... lê revistas, livros; anda sozinha, caminha na chuva, dorme confusa.
Seria tudo isso normal?
Afinal, o que ela está sentindo? Do que sente falta? O que a está atraindo? O que não está?
Onde está focada? Será que está? Por que se tornaria assim? Cadê o seu eu próprio?
Não consegue conter tantas questões e tantas lágrimas.
Se encontra perdida, num beco sem saída.
Está viciada, descontrolada dentro de sua própria mente.
Quer fugir, correr para aquela que sempre foi. ou pelo menos para o que restou dela.
Mas também não quer ser ela mesma para sempre.
Só não quer ser "isso". Isso tudo acima, isso tudo que pode vir escrito abaixo.
Quer ser imprevisível, quer ser motivante.
Prefere irritar a não transmitir nenhuma linha de insegurança em ninguém.
Se sente só com o que está se tornando, e diz BASTA. Porque tomou uma decisão.
Doa a quem doer, não se tornará o que está se tornando.
Sua dependência física e moral está com os dias contados.
E ela encontra em sua mente uma gaveta, um porto seguro.
E esconde "aquilo" ali, naquele lugar, naquela gaveta.
Porque jogar fora pode ser muito prematura.
Aquele ser pode querer voltar um dia, e ser bem acolhido. Mas não agora.
Nem por ela e nem por ninguém.
E ela retorna.
Para o bem ou para o mal, é só hoje e isso passa.

*** Lar é onde o meu coração está! ***

Nenhum comentário: